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Armazém do Largo do Guimarães é vendido em Santa Teresa

Publicado em: 30-05-2020

Em 6 de dezembro de 2018, noticiamos aqui que fora colocada a venda uma das mais icônicas propriedades de Santa Teresa, o velho Armazém São Joaquim. A edificação, construída em 1854 para a função que exerceu por nada menos que 150 (isso, cento e cinquenta!) anos, é a principal construção do folclórico Largo do Guimarães. Aliás, o Largo é do Guimarães mesmo, leia-se, de um Guimarães só, e não “dos Guimarães”, velho erro já cometido por nós mesmos em matérias anteriores.

O prédio, construído em pedras de mão, estuque e madeira, faz mesmo parte do folclore de Santa Teresa. Foi fotografado diversas vezes pelo célebre fotógrafo Augusto Malta para retratar o bairro, pintado por diversos artistas de renome – como por exemplo Emeric Marcier e Inimá de Paula, e está presente sempre que o famoso Largo onde se encontra é fotografado, para simbolizar Santa Teresa. O sobradão que fica na esquina do Largo com a Ladeira do Castro e com a Almirante Alexandrino foi finalmente vendido a investidores que visam restaurá-lo, preservando a sua história. Especialistas consideram sua localização comercial a melhor de todo bairro.

A região de Santa Teresa e Glória tem recebido grande atenção de investidores nos últimos tempos. Noticiamos aqui ontem a venda do Hotel Glória ao Banco Opportunity, e também a venda do prédio da Rádio Globo à Valente Empreendimentos. Isto, aliado à mega reforma da Beneficência Portuguesa e à recente aquisição de outros prédios históricos na região, pode trazer alento a quem é apaixonado pelas regiões mais históricas da cidade, nestes momentos em que se lê tantas más notícias, principalmente sobre o fechamento de estabelecimentos tradicionais da cidade.

Depois de fechar as portas na primeira década do ano 2000 após 150 anos de funcionamento ininterrupto, com a morte de sua última herdeira, Stella Cruz, o imóvel foi alugado a uma pizzaria chamada Porta Quente, e depois, ao Armazém Cultural São Joaquim, que emprestou o nome da edificação e teve noites de música ao vivo e muita alegria, conduzidas pela batuta de Zéu Brito (apesar dos protestos de alguns moradores). Infelizmente, o período em que as obras do bonde transformaram o Largo num pandemônio enfraqueceu o negócio, que acabou sendo despejado pelos antigos proprietários por falta de pagamento, após anos de diversão.

O armazém foi adquirido pelo Grupo Reg, especializado no restauro de imóveis históricos e na locação de suas lojas a terceiros. A empresa foi procurada pelo DIÁRIO, mas apenas confirmou a aquisição, informando por escrito que “o imóvel será restaurado à perfeição, de acordo com todas as suas características originais“. Segundo vizinhos, uma equipe de marceneiros está trabalhando dentro do imóvel, e uma empresa de jardinagem visita o imóvel semanalmente, para podar as charmosas trepadeiras que tomam conta de sua fachada interna. Além disso o antigo vitral redondo com uma imagem religiosa, visível pela Almirante Alexandrino, no sentido Pascoal Carlos Magno, parece ter sido restaurado.

No famoso prédio amarelinho de janelas e portas vermelhas, uma placa de “aluga-se” da imobiliária Sergio Castro já foi colocada, indicando que as negociações já podem ser abertas com potenciais interessados.

Apesar da legislação do município proibir expressamente que bancas de jornais escondam a visão de imóveis tombados, chama a atenção no local uma imensa banca cinza e azul, com cerca de 3 metros de altura e uns 4 de largura, praticamente colada na fachada do prédio pelo Largo do Guimarães.

Uma vez restaurado, o prédio talvez mereça ao menos um tratamento justo pela prefeitura do Rio, se é que isso existe. Além disso, bancas de jornal não podem estar a menos de 5 metros das esquinas das fachadas. É o que diz a lei municipal 3425 de 2002:

Art. 8º As bancas de jornais não poderão ser localizadas:
I – a menos de cinco metros das esquinas das fachadas, no sentido do alinhamento dos prédios;
(…)
III – em passeios fronteiros a monumentos e prédios tombados pela União, Estado ou Município, ou junto aos estabelecimentos militares ou órgão de segurança;

De toda forma, com banca ou sem banca, é uma bela notícia para os amantes de Santa Teresa. Agora é esperar a pandemia passar, pra ver o resultado do investimento dos compradores, e rezar para ver um comerciante apostar no ponto comercial e no polo gastronômico do bairro, que perdeu recentemente o Restaurante Espírito Santa, que encerrou suas atividades após 15 anos de funcionamento.

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