Curiosidades sobre São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro
Publicado em: 20-01-2025Viva São Sebastião, o Santo que morreu sem camisa pois sabia que ia ser padroeiro da Muy Leal e Heroica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Contudo, há algumas curiosidades sobre o dia do nosso Santo Padroeiro que merecem ser contadas.
1- O nome não é em homenagem ao Santo
São Sebastião é nosso padroeiro, mas o nome é devido ao rei-menino de Portugal, seu xará, Rei Sebastião de Portugal e Algarves. Em 1567, quando o Rio foi fundado, ele tinha apenas 9 anos e quem mandou levantar a cidade foi sua avó, a rainha viúva Catarina da Áustria.
Estácio de Sá, assim como São Sebastião, também morreu por flechadas. No caso de Sá por flechas envenenadas dos índios tamoios, aliados dos franceses. E a coincidência não para aí, ele foi flechado no dia… VINTE DE JANEIRO! Mas só veio a falecer em 20 de fevereiro.
3 – São Sebastião teria aparecido e lutado ao lado dos portugueses
Diz a lenda que o próprio Santo apareceu de espada na mão para lutar ao lado dos portugueses na expulsão dos franceses durante a batalha de Aruçumirim, em 20 de janeiro de 1567, no mesmo dia que Estácio de Sá levou a flechada que o mataria.
A batalha fica onde hoje é a Glória. 600 tamoios e 5 franceses morreram na batalha de Uruçumirim, e 10 franceses foram enforcados no dia seguinte à batalha. A batalha consolidou o domínio português em nossa cidade, que era o objetivo da fundação da cidade.
4 – Dia era comemorado com muitas festas
Hoje em dia não se celebra mais com muito entusiasmo o dia e nosso padroeiro. Mas, no período colonial e da monarquia, “a festa de São Sebastião era celebrada com vibrante entusiasmo em que as comemorações oficiais se aliavam às manifestações populares. Salvas das fortalezas e dos navios, parada de tropas em grande gala, cerimônias religiosas com missa solene e sermão adequado, repiques de sinos, foguetório, janelas ajaezadas de colchas de damasco e tapetes do oriente, luminárias em todas as casas, danças populares em plena rua. Os festejos estendiam-se ao mar onde se efetuava um combate simulado, com fogos de artifício, entre dois grupos de embarcações, para rememorar a famosa batalha das canoas em que, segundo a lenda, o Santo em pessoa tomara parte, descendo à terra, vindo combater ao lado de seus devotos, na defesa da sua cidade. Com a vinda para o Rio de Dom João VI, rei beato por excelência, os festejos religiosos e oficiais adquiriram ainda maior pompa e brilho, iniciando-se na noite de 17 de janeiro”. (Fonte: Literatura & Rio de Janeiro)
5 – A primeira igreja do Rio foi dedicada a São Sebastião
Ao santo foi consagrada a primeira capela do Rio: uma igrejinha de taipa, coberta de sapé que Estácio se apressou em mandar levantar no primeiro sítio da cidade, ao sopé do Pão de Açúcar. Era a matriz, incipiente. E nela foi sepultado, de início, o próprio Fundador. Transferida a cidade para o Morro do Descanso, que depois se chamou do Castelo, um dos primeiros cuidados de Salvador de Sá foi ali erguer a igreja do Padroeiro, a Sé Velha, para onde foram trasladados os restos mortais de Estácio de Sá, hoje repousando na nova igreja de São Sebastião, sob a guarda dos Barbadinhos, na rua Haddock Lobo.
Fonte: Literatura e Rio de Janeiro
6 – São Pedro queria ser o padroeiro
Em um antigo comercial do RioSul, é mostrado com muito bom humor Deus criando o Rio de Janeiro e conversando com São Pedro, que pede para ser nosso padroeiro, mas ele já tinha prometido para o Tião.
Oração a São Sebastião
Glorioso mártir São Sebastião,
soldado de Cristo
e exemplo de cristão,
hoje vimos pedir
a vossa intercessão
junto ao trono do Senhor Jesus,
nosso Salvador,
por Quem destes a vida.
Vós que vivestes a fé
e perseverastes até o fim,
pedi a Jesus por nós
para que sejamos
testemunhas do amor de Deus.
Vós que esperastes com firmeza
nas palavras de Jesus,
pedi-Lhe por nós,
para que aumente
a nossa esperança na ressurreição.
Vós que vivestes a caridade
para com os irmãos,
pedi a Jesus para que aumente
o nosso amor para com todos.
Enfim, glorioso mártir São Sebastião,
protegei-nos contra a peste,
a fome e a guerra;
defendei as nossas plantações
e os nossos rebanhos,
que são dons de Deus para o nosso bem
e para o bem de todos.
E defendei-nos do pecado,
que é o maior
de todos os males.
Assim seja.