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História da Construção da Ponte Rio-Niterói
Publicado em: 14-07-2019A maior ponte do Brasil e uma das maiores do mundo fica no Rio de Janeiro. Essa obra faraônica esconde fatos curiosos e até assustadores. O Diário do Rio conta a história da Ponte Rio-Niterói, oficialmente chamada Presidente Costa e Silva.
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Alguns relatos antigos afirmam que o projeto da Ponte Rio-Niterói é do ano 1875. O objetivo dessa obra era evidente: ligar com mais facilidade a cidade do Rio de Janeiro aos municípios que ficavam no litoral norte do estado, do outro lado da Baía de Guanabara.
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Antes da obra, o acesso para Niterói e municípios vizinhos só era possível via mar ou através de uma viagem terrestre de mais de 100 km, que passava pelo município de Magé. Existia também a ideia de fazer um túnel junto que faria a função da Ponte.
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Somente em 1963 foi criado um grupo de trabalho para estudar um projeto para a construção de uma ponte que ligaria Rio-Niterói. Em 29 de dezembro de 1965, uma comissão executiva foi formada para cuidar do projeto definitivo dessa construção.
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O projeto de construção da Ponte, idealizado por Mário Andreazza, então Ministro dos Transportes, foi assinado pelo presidente Costa e Silva, no ano 1968.
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Uma inauguração simbólica da obra, ocorrida em nove de novembro de 1968, contou com a presença da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II e de sua alteza real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo.
A apresentação oficial do projeto da Ponte Rio-Niterói aconteceu no dia 14 de novembro de 1968, na Escola de Engenharia da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). As obras tiveram início em janeiro de 1969.
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Uma estrutura de aço apoia a de concreto e asfalto da Rio-Niterói. Os engenheiros responsáveis pelo projeto da ponte de concreto foram Antônio Alves de Noronha Filho e Benjamin Ernani Diaz. O da ponte de aço foi o norte-americano James Graham.
Toda a estrutura que foi utilizada nas obras da Ponte Rio-Niterói foi fabricada na Inglaterra em módulos que chegaram ao Brasil por transporte marítimo. Essa importação foi bastante difícil, devido ao movimento que havia na Baía de Guanabara.
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Mais de trinta pessoas perderam a vida durante as obras da Ponte Rio-Niterói, de acordo com jornais da época. Entretanto, muitos pesquisadores afirmam que o número de mortos é bem mais elevado.
“Morreram vários operários. Em um dos acidentes, eu me lembro bem, morreram 12 pessoas, inclusive um engenheiro. Como confirma pesquisa no Jornal do Brasil da Biblioteca Nacional, o acidente foi no dia 25 de março de 1970, ou seja, um ano após o início das obras. Mas não foi possível publicar, o assunto estava sob censura”, contou o jornalista Romildo Guerrante ao portal da PUC. Guerrante cobriu as obras da Ponte Rio-Niterói.
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Muitas pessoas dizem que alguns desses trabalhadores que morreram durante as obras, ficaram concretados junto com os pilares que sustentam a Ponte.
“A morte dos operários concretados não era lenda. Naquele acidente censurado em que morreram 12 pessoas, o ‘tubulão’ se rompeu violentamente. Não havia chance para quem estava lá dentro. O que se sabe é que os corpos não foram resgatados, pois o concreto cobriu tudo”, destaca Romildo Guerrante.
Outra história assustadora ronda a Ponte. A revista Veja chegou a publicar que operários viram uma senhora vestida de branco, com uma rosa vermelha na mão andando pela Rio-Niterói. Há quem diga que essa história não passa de lenda urbana.
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O que é inquestionável é que a Ponte Rio-Niterói ficou pronta em março de 1974. A imponente obra mede 72m de altura e tem 13.290m de comprimento. Tamanho digno de uma obra tão importante para o Rio de Janeiro e para o Brasil.