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PAQUETÁ: Um passado glorioso

Publicado em: 12-03-2025

A charmosa Paquetá, apelidada como “ilha dos amores”, conhece algumas teses para a origem de seu nome. Na primeira, os indígenas teriam identificado o local pela grande quantidade de pacas, roedor típico do Brasil. Em outra, Paquetá seria a palavra dos tamoios para “cesto de pescar”, atividade que seria realizada pelos povos originários no local e que ocorre até hoje.

A ilha foi “descoberta” pelos portugueses em 1565, durante o período de colonização do Brasil. A partir deste momento, começou a ser registrada como parte do território sob domínio português. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, a Ilha de Paquetá passou por diferentes usos, incluindo a instalação de fazendas de cana-de-açúcar, que eram comuns na época. Durante esse período, a ilha era mais voltada à produção agrícola. No início do século XIX, a ilha passou a ter um papel mais estratégico e militar, especialmente durante a Guerra da Independência (1822). Durante o império de Dom Pedro II, a ilha foi transformada em um lugar de lazer da família imperial, e Paquetá foi vista como um refúgio tranquilo para a corte brasileira. Dom Pedro II frequentava a ilha, e chegou até a construir um palácio para suas visitas, o Palácio de São José, que infelizmente não existe mais, mas segue importante na história do lugar.

Outro importante edifício histórico da Ilha de Paquetá foi o Palácio do Conde de Arco. Este palácio foi residência de José de Arco, um nobre e diplomata português que foi condecorado pelo império brasileiro. Embora não tenha sido tão famoso quanto o Palácio de São José, o Palácio do Conde de Arco também foi uma construção significativa durante o período imperial. O edifício foi erguido com uma arquitetura imponente e tinha jardins exuberantes. Assim como o Palácio de São José, o Palácio do Conde de Arco também não existe mais, tendo sido demolido, mas faz parte da memória histórica da ilha e do período imperial.

Falemos também do fundamental Solar Del Rey, um casarão histórico localizado na Rua Príncipe Regente, na Ilha de Paquetá. O prédio é tombado pelo IPHAN e é um dos principais símbolos da ilha. Ele foi a residência do Brigadeiro Francisco Gonçalves da Fonseca, um mercador de escravos que hospedou D. João VI em 1808, ano da chegada da Família Real Portuguesa. O prédio passou a ser chamado Solar Del Rey em homenagem à passagem do Príncipe Regente, que se encantou pela ilha. O Solar foi usado como biblioteca pública, por um tempo a única de Paquetá. Infelizmente o imóvel está abandonado desde 2009 e em ruínas. A associação de moradores da ilha conquistou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e o IPHAN que prevê a revitalização do local.

Já a Capela de São Roque é uma das construções mais antigas e importantes da ilha. Foi construída no século XIX e é um marco da religião e cultura local. A igreja é muito procurada para celebrações religiosas e eventos culturais, sendo um ponto de grande devoção para os moradores de Paquetá e turistas. A Casa de Lessa é uma das construções históricas que ainda preserva elementos da arquitetura do século XIX. Localizada na ilha, a casa foi de propriedade de uma das famílias tradicionais de Paquetá e tem grande valor simbólico para a comunidade local.

E o que falar da Casa de José Bonifácio? O casarão onde viveu o Patriarca da Independência é hoje aberto ao público pois lá funciona um museu sobre sobre comunicações e costumes. Foi ali, na primeira metade do século XIX, que José Bonifácio de Andrada e Silva, conselheiro de D. Pedro I, encontrava sossego. Foi lá também que Bonifácio recebeu carta de Pedro I pedindo que fosse o tutor e professor de seus filhos, entre eles Pedro II. José Bonifácio chamava o local de “refúgio filosófico”. Mas o refúgio quase se desfez. Ele foi salvo por um colecionador do Rio, o jornalista Fischel Davit Chargel, que mostra seu impressionante acervo no local.

A Casa do Marquês de Paquetá, também conhecida como Casa dos Marqueses, é outra edificação histórica importante. O imóvel pertenceu ao Marquês de Paquetá, título que na época fazia parte da nobreza do Império Brasileiro. A casa reflete o período destaque de Paquetá, quando era um local frequentado pela elite imperial.

Após o período imperial, a partir da década de 1930, o transporte de barco entre o Rio de Janeiro e Paquetá se popularizou, e a ilha passou a atrair cada vez mais turistas que buscavam um lugar tranquilo para descansar, em contraste com a agitação da cidade grande. No entanto, ao longo do século XX, a ilha também passou por períodos de urbanização e desenvolvimento. A criação de novos estabelecimentos comerciais e residenciais foi moderada, respeitando a tranquilidade e o estilo de vida mais simples da comunidade local.

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